Verdadeira
liberdade
Foi para a
liberdade que Cristo nos libertou.
Portanto,
permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão.
[Gálatas
5.1]
O Novo
Testamento apresenta Jesus como nosso supremo libertador e a vida cristã como
uma vida de liberdade.
O próprio
Jesus disse a alguns judeus que creram:
“Se vocês
permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos.
E conhecerão
a verdade, e a verdade os libertará”
(Jo
8.31-32).
Mas o que
significa essa liberdade cristã?
Antes de
tudo, ela nos liberta da servidão terrível de ter que obter a salvação por meio
da obediência à lei.
Ela também
nos liberta da culpa e da consciência culpada, e nos dá a inexprimível alegria
do perdão, da aceitação e do acesso a Deus, e a incrível experiência da
misericórdia sem mérito.
A liberdade cristã, porém, não significa que
estamos livres de todas as restrições e limitações.
Em primeiro
lugar, liberdade cristã não significa ceder aos desejos da nossa natureza caída
e egoísta.
“Irmãos,
vocês foram chamados para a liberdade”, escreveu Paulo, “mas não usem a
liberdade para dar ocasião à vontade da carne” (Gl 5.13).
Assim, a
nossa liberdade em Cristo não deve ser usada como pretexto para a satisfação
dos nossos próprios desejos, pois se vivemos no Espírito, não podemos
satisfazer aos desejos de nossa natureza pecaminosa (v. 16).
Em segundo
lugar, liberdade cristã não significa explorar nosso próximo.
Antes
“sirvam uns aos outros mediante o amor” (v. 13).
Temos um maravilhoso paradoxo aqui.
Não temos
liberdade para ignorar, negligenciar ou abusar de nossos semelhantes, ao contrário,
somos exortados a amá-los e, através do amor, servi-los.
De certa
forma, a liberdade cristã é um tipo de escravidão, mas não devemos ser escravos
da nossa natureza egoísta, e sim do nosso próximo.
Somos livres em relação a Deus, mas escravos
em relação ao outro.
Por fim,
liberdade cristã não significa liberdade para desrespeitar a lei, pois “toda a
Lei se resume num só mandamento:
‘Ame o seu próximo como a si mesmo’” (v. 14).
O apóstolo
não diz que se amamos o nosso próximo não precisamos cumprir a Lei, e sim que
estamos cumprindo.
A verdadeira
liberdade não significa que somos livres para satisfazer os nossos desejos, mas
para controlá-los; não somos livres para explorar nossos semelhantes, mas para
servi-los e não somos livres para desobedecer a lei, mas para cumpri-la.
Para saber
mais: Gálatas 5.1-15